A terapia por campos electromagnéticos de baixa frequência (TCMbf) é uma terapia relativamente nova e muito eficaz. Basicamente o seu mecanismo de acção prende-se aos seguintes factores que se desenvolvem na sequência do tratamento de forma directa ou indirecta:
Substâncias diamagnéticas como o oxigénio, iões de hidrogénio, enzimas e radicais livrem que se produzem no organismo, actuando como efeito regulador;
Endorfinas e outros moduladores da dor, actuando como efeito analgésico;
Desencadeamento da permeabilidade da membrana celular com efeito anti-inflamatório e anti-edematoso – bomba de Na;
Estabilização da corrente bio-eléctrica celular, favorecendo as trocas iónicas e assim os processos reparadores dos tecidos, permitindo a aceleração do processo de cicatrização e regeneração da estrutura celular.
EFEITOS TERAPÊUTICOS
A partir dos resultados obtidos em ensaios clínicos, sabemos que os campos magnéticos pulsantes podem reduzir a sensação de dor quase imediatamente. Isto é, em parte, devido ao aumento parcial da pressão de oxigénio no tecido afectado, pelo aumento da perfusão local e pela velocidade do fluxo sanguíneo capilar, melhorando assim a microcirculação tecidual.
Esta terapia é segura para uso em pacientes com implantes de plástico ou de determinados metais que não originem efeito térmico local. Diversos hospitais usam a TCMbf para acelerar a reabilitação de pacientes com fracturas e estas podem ser tratadas até mesmo através de tala gessada ou ligaduras, porque estes materiais são permeáveis aos campos magnéticos.
Habitualmente os tratamentos têm uma frequência de uma sessão por dia, com duração de 30 minutos, com um total de 15 a 20 sessões e o efeito terapêutico destes tratamentos inicia-se após 6-8 horas.
Os casos de patologias crónicas e resistentes aos tratamentos habituais necessitam de tratamento bi-diário.
Por vezes após 10 sessões o regime de tratamento pode ser reduzido a dias alternados até ao número total de sessões prescritas.
INDICAÇÕES
A TCM-bf tem alta eficiência biológica e é usada no campo médico há largos anos, com êxito, em diversas patologias.
Assim a ampla gama de indicações inclui:
Patologias Ortopédicas
- Osteoporose
- lesões osteonecróticas
- osteoartrose
- fracturas lesões ósseas (não oncológicas)
- entorses
Patologias do foro Reumatológico: especialmente aquelas em fase inflamatória activa e com componente dolorosa, como a espondilite anquilosante, artrite reumatóide e outras;
Nota: Existem numerosos estudos acerca da melhoria efectiva na Fibromialgia
Patologias musculo-esqueléticas – as cervicalgias, e as dorso lombalgias mecânicas e as associadas á espondiloartrose;
Lesões desportivas -entorses, distensões ligamentares e mio-tendinosas e rupturas musculares
Patologia Neurológica - lesões neurológicas periféricas, tais como os síndromes canalares, paralisia facial periférica, radiculalgias, neuropatias herpéticas.
Nota: há diversos estudos sobre o benefício desta tecnologia na melhoria sintomática em doentes com esclerose múltipla (em placas) Parkinson e na ELA (esclerose lateral amiotrófica)
Feridas abertas e problemas circulatórios – escaras, úlceras varicosas, edemas (não renais e não cardíacos); doença vasculare arterial obstrutiva periférica;
Patologia Psiquiátrica – diversos estudos documentam melhoria sintomática em diversos quadros clínicos de depressão
CONTRA-INDICAÇÕES
- Casos de neoplasia
- Tuberculose
- Pacientes portadores de pacemakers ou de desfibrilhadores
- Uso de DIU - dispositivos intra-uterinos - metálicos